Flopou: ato pró-anistia em Copacabana reúne 2% do público previsto

A manifestação convocada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro em Copacabana, no último domingo (16), para defender a anistia dos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, frustrou as expectativas e reuniu apenas 18,3 mil pessoas, segundo levantamento da Universidade de São Paulo (USP). O número representa menos de 2% do público de 1 milhão de apoiadores estimado por Bolsonaro e seus aliados.

Ato Esvaziado e Frustração do "gado"

Imagens aéreas da manifestação revelaram um público bem abaixo do esperado, ocupando apenas parte da orla de Copacabana. A baixa adesão contrastou com a promessa de uma "multidão" feita por Bolsonaro, gerando frustração entre os apoiadores presentes.

Contagem de Público Divergente

A Polícia Militar do Rio de Janeiro divulgou um número inflado de participantes, estimando a presença de mais de 400 mil pessoas. No entanto, o levantamento da USP, realizado pelo Monitor do Debate Político, apontou para um público de apenas 18,3 mil pessoas, evidenciando uma grande discrepância nas contagens.

Pressão Sobre o Congresso Diminui

A baixa adesão ao ato em Copacabana enfraquece a pressão sobre o Congresso Nacional para aprovar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023. O projeto, defendido por Bolsonaro, enfrenta forte resistência de diversos setores da sociedade.

Julgamento no STF e Inelegibilidade de Bolsonaro

A Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) marcou para 25 de março a análise da denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado. O ex-presidente também está inelegível até 2030 por condenações no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e pode enfrentar penas de até 40 anos de prisão caso seja condenado no STF.

Impacto Político e Questionamentos

Especialistas questionam se o baixo comparecimento ao ato em Copacabana representa uma perda de influência de Bolsonaro. A pauta da anistia, considerada controversa, pode ter desmobilizado parte de seus apoiadores. O futuro político de Bolsonaro e a força do movimento bolsonarista permanecem incertos.