O presidente Lula decretou luto oficial de sete dias em memória do Papa Francisco, falecido nesta segunda-feira, 21 de abril, aos 88 anos, em decorrência de problemas pulmonares, conforme anunciado pelo Vaticano. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), expressou profundo pesar pela morte do Pontífice, a quem chamou de "voz de respeito e acolhimento ao próximo".
Em nota oficial, o presidente Lula destacou a vida e a obra de Jorge Mario Bergoglio, ressaltando que "Francisco viveu e propagou em seu dia a dia o amor, a tolerância e a solidariedade que são a base dos ensinamentos cristãos". Para Lula, embora o Santo Padre se vá, "suas mensagens seguirão gravadas em nossos corações".
O presidente brasileiro fez um paralelo entre a atuação do Papa e a oração de São Francisco de Assis, santo cujo nome inspirou o Pontífice. Segundo Lula, Francisco "buscou de forma incansável levar o amor onde existia o ódio", a união onde havia a discórdia e a compreensão da igualdade entre os seres humanos e a necessidade de cuidar do planeta.
Lula também enalteceu a postura de Francisco em relação a temas cruciais da atualidade. O presidente lembrou que o Papa trouxe as mudanças climáticas para o centro do debate no Vaticano e criticou veementemente os "modelos econômicos que levaram a humanidade a produzir tantas injustiças", gerando desigualdade entre países e pessoas. Além disso, destacou que o Pontífice "sempre se colocou ao lado daqueles que mais precisam: os pobres, os refugiados, os jovens, os idosos e as vítimas das guerras e de todas as formas de preconceito".
O presidente Lula recordou os encontros que teve com o Papa Francisco, mencionando ter sido recebido "com muito carinho". Ele relatou que, nessas ocasiões, compartilharam "ideais de paz, igualdade e justiça".
A última reunião entre Lula e o Papa ocorreu em junho de 2023, no Vaticano, seis meses após o início do terceiro mandato do presidente. Na ocasião, acompanhado da primeira-dama, Lula discutiu com o Pontífice temas como a paz mundial, a proteção ao meio ambiente e o combate à pobreza.
Antes disso, Lula já havia sido recebido por Francisco no Vaticano em fevereiro de 2020, pouco tempo depois de ser liberado da prisão. Essa viagem, a primeira de Lula após reconquistar a liberdade, foi intermediada pelo então presidente da Argentina, Alberto Fernández.
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