Consumo nos lares brasileiros sobe 2,04% em maio com estímulo à renda, diz Abras
Alta foi impulsionada por queda da inflação, aumento da renda e liberação de benefícios como 13º do INSS e restituição do IR
O consumo doméstico apresentou crescimento de 2,04% em maio em relação a abril, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (26) pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O avanço foi atribuído a um conjunto de fatores ligados à elevação da renda disponível das famílias e à desaceleração da inflação no período.
De acordo com o vice-presidente da Abras, Marcio Milan, a demanda foi beneficiada por medidas de estímulo ao poder de compra, como a antecipação do 13º salário para aposentados e pensionistas do INSS, o reajuste salarial de servidores públicos federais e o pagamento do primeiro lote da restituição do Imposto de Renda.
“A renda real e a empregabilidade continuam crescendo de forma consistente, e isso tem repercussão direta no aumento do consumo”, afirmou Milan. Ele acrescentou que os dados reforçam uma tendência de retomada gradativa do mercado interno, impulsionada por fatores conjunturais favoráveis à população de baixa e média renda.
O dirigente também comentou os efeitos do decreto que aumentava o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), afirmando que a antecipação de recebíveis ajudou a reduzir eventuais impactos sobre o setor. A medida, no entanto, foi revogada pelo Congresso Nacional na quarta-feira (25), o que elimina um dos fatores de incerteza para o varejo.
Os dados refletem uma conjuntura econômica em que o consumo das famílias volta a ganhar fôlego diante da melhora dos indicadores de renda e emprego, apoiados por políticas de transferência e recuperação do mercado de trabalho. No entanto, o setor segue atento aos efeitos de medidas fiscais e monetárias que possam impactar a confiança do consumidor.
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