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Carro está há 1 mês em ponte que desabou em TO; Justiça dá 10 dias para DNIT resolver

- Fonte: Da Redação 20/01/2025 11:08 - Atualizado 22/01/2025 02:45
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Um Fiat Palio 2012 continua preso nos destroços da ponte Juscelino Kubitschek de Oliveira, que desabou em 22 de dezembro de 2024, entre Aguiarnópolis (TO) e Estreito (MA). A tragédia, que resultou em 14 mortos e três desaparecidos, completa um mês com o veículo ainda submerso nos escombros, prejudicando o trabalho do vendedor Gabriel Assunção, proprietário do carro.

Gabriel, que trabalha no setor agropecuário, estava no veículo no momento do desabamento, acompanhado de sua esposa, Laís Lucena, 28, e da cunhada. Apesar de terem sobrevivido à queda da ponte, o vendedor enfrenta agora sérios prejuízos financeiros e profissionais devido à impossibilidade de utilizar o carro.

“Dependo do carro para trabalhar e a situação tem impactado minha vida profissional e financeira”, relatou Gabriel em entrevista ao Uol. O veículo é essencial para o seu trabalho, e a sua perda temporária tem gerado um grande transtorno.

A situação chegou à Justiça Federal, que concedeu ao Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) um prazo de dez dias para resolver a questão. O juiz Georgiano Rodrigues Magalhães Neto, da 1ª Vara Federal de Imperatriz (MA), reconheceu a gravidade do impacto na vida do vendedor. “O autor utiliza o veículo como instrumento de trabalho, agravando os prejuízos causados pela impossibilidade de uso”, destacou o magistrado.

O juiz também apontou indícios de negligência por parte do DNIT na manutenção da ponte. “Há fortes indícios de conduta omissiva do órgão quanto à adoção de medidas preventivas ou reparadoras diante da precária infraestrutura da ponte”, afirmou.

A decisão judicial determina que, caso a retirada do veículo seja inviável por questões de segurança, o DNIT deverá fornecer a Gabriel um veículo similar, com valor e características equivalentes, até que a situação seja resolvida. A expectativa é que a determinação judicial traga alívio para Gabriel e sua família, que sofrem as consequências da tragédia e da ineficiência na resolução do problema.

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