Adolescente pode ter sido morto por facção após foto de gestos com mãos, diz polícia

Um adolescente de 15 anos, identificado como Davi Emanuel Maia, foi assassinado a tiros na última segunda-feira (13) no Residencial Ribeira V, zona rural de São Luís. A Polícia Civil investiga a hipótese de o crime ter sido cometido por membros de uma facção criminosa, após a vítima ter tirado uma foto fazendo um gesto com as mãos interpretado como identificação de uma facção rival.

Segundo informações policiais, Davi Emanuel estava no Residencial Ribeira V quando foi abordado pelos criminosos, que o agrediram e o executaram. O corpo do adolescente apresentava 22 perfurações de bala, evidenciando a brutalidade do crime.

O delegado Ivônio Ribeiro relatou que a motivação do crime teria sido a interpretação errônea de uma foto encontrada no celular da vítima. “Após tomarem o celular dele, olharem algumas fotos, [em que ele] fazia alguns gestos com a mão, eles tomaram a iniciativa de ceifar a vida do adolescente, porque entenderam que ele era de uma facção rival, lá na cidade de Viana. E fizeram por pura maldade; inclusive vídeos que circulam em redes sociais mostram a brutalidade da execução”, declarou o delegado.

A investigação apurou que o adolescente não possuía antecedentes criminais nem envolvimento com facções. Morador do município de Viana, ele teria vindo a São Luís para acompanhar a mãe, que realizaria exames médicos. “Até o que nós apuramos até o momento, [era] um menino que não tinha nenhum tipo de envolvimento com nada, apenas veio do interior do estado acompanhando a sua mãe, e estava num bairro, num setor de influência de uma facção”, lamentou o delegado Ribeiro.

Até o momento, nenhum suspeito foi preso. A Superintendência de Homicídios do Maranhão segue com as investigações, colhendo depoimentos e provas para identificar os envolvidos e solicitar à Justiça os mandados de prisão. A Polícia Civil busca elucidar o caso e levar os responsáveis à justiça, buscando respostas para a família da vítima diante dessa tragédia. A brutalidade do crime, filmada e divulgada nas redes sociais, chocou a comunidade e reforça a urgência de ações contra a violência e o poder das facções criminosas na região.