Agro, tecnologia, saúde e mais: Lula e Xi Jinping assinam 37 acordos bilaterais
O presidente da China, Xi Jinping, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT): eles firmaram 37 acordos de cooperação nesta quarta-feira (20). Foto: reprodução |
O presidente Lula (PT) e o presidente da China, Xi Jinping, firmaram 37 acordos de cooperação nesta quarta-feira (20), abrangendo mais de 15 áreas estratégicas, incluindo agronegócio, intercâmbio educacional, cooperação tecnológica e investimentos.
As parcerias envolvem setores como infraestrutura, indústria, energia, mineração, finanças, comunicações, desenvolvimento sustentável, turismo, esportes, saúde e cultura.
A visita oficial de Xi Jinping ao Brasil ocorreu sob forte esquema de segurança, logo após sua participação na Cúpula de Líderes do G20 no Rio de Janeiro.
A cerimônia de assinatura contou com a presença de autoridades como o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), ministros, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, o indicado ao Banco Central, Gabriel Galípolo, e o embaixador do Brasil na China, Marcos Galvão.
Após os compromissos no Palácio da Alvorada, Xi Jinping participou de um almoço oferecido por Lula e pela primeira-dama, Janja da Silva, encerrando sua agenda em um jantar no Itamaraty.
A relação entre Brasil e China
A relação entre Brasil e China é marcada por forte parceria comercial, sendo a China o principal parceiro do Brasil há 15 anos. Em 2023, o comércio bilateral atingiu o recorde de US$ 157,5 bilhões.
Nos primeiros dez meses de 2024, o intercâmbio já somava US$ 136,3 bilhões, com as exportações brasileiras alcançando US$ 83,4 bilhões e as importações US$ 52,9 bilhões, resultando em um superávit de US$ 30,4 bilhões, segundo dados do Ministério das Relações Exteriores.
No ano passado, Lula visitou a China durante seu terceiro mandato para fortalecer os laços diplomáticos e comerciais. Este ano marca os 50 anos de relações diplomáticas entre os dois países.
Apesar do avanço nas parcerias, o Brasil resistiu a pressões para aderir integralmente à Iniciativa Cinturão e Rota (BRI), conhecida como Nova Rota da Seda, optando por um protocolo de sinergias com o projeto.
A BRI, um dos principais instrumentos de expansão da influência global da China, já destinou cerca de US$ 1 trilhão para obras de infraestrutura ao redor do mundo. Embora sem adesão formal, o Brasil mantém uma relação de cooperação estratégica com o país asiático.
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