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Acordo União Europeia-Mercosul pode impulsionar o Nordeste

08/12/2024 23:17 - Atualizado 21/01/2025 02:19
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O histórico acordo entre União Europeia (UE) e Mercosul foi oficialmente assinado essa semana. A princípio, a iniciativa marca um passo importante nas relações comerciais entre os blocos e pode ajudar a impulsionar o crescimento do Nordeste.

Parceria tem o potencial de gerar novos empregos

A medida é considerada estratégica para reforçar o multilateralismo e ampliar a competitividade dos países sul-americanos no mercado global. Contudo, para o Nordeste brasileiro, os efeitos devem ser significativos, especialmente nos setores agroindustrial e de energias renováveis.

Ao mesmo tempo, o acordo deve facilitar a exportação de produtos típicos da região, como frutas tropicais, pescados e itens do agronegócio, eliminando ou reduzindo tarifas.

Além disso, pode atrair investimentos em setores prioritários, como a energia eólica e solar, já em forte expansão no Nordeste.

Projetos de infraestrutura e modernização industrial também podem ganhar fôlego, ampliando a competitividade da região no mercado internacional.

Principais pontos do Acordo

  • Redução de Barreiras Comerciais: Primeiramente, o acordo UE-Mercosul elimina ou reduz tarifas para muitos desses produtos, tornando-os mais competitivos no mercado europeu.
  • Certificação e Sustentabilidade: Produtos que atendem aos critérios de sustentabilidade e rastreabilidade têm maior aceitação no mercado europeu.
  • Diversificação de Exportações: O Nordeste pode expandir sua base de produtos e atrair mais investimentos em infraestrutura logística para exportação.

O acordo também é visto como uma oportunidade para fortalecer a bioeconomia e expandir a participação do Nordeste no comércio exterior sustentável, alinhando-se às diretrizes globais de descarbonização

Estados e produtos que podem aumentar exportações

EstadoProdutoDescrição do ProdutoPotencial de Mercado
BahiaFrutas tropicaisManga, melão e maracujá com alta qualidade e padrões fitossanitários exigidos pela UE.Alta demanda por frutas frescas e exóticas na UE, especialmente em períodos de safra.
PernambucoAçúcarProdução de açúcar bruto e refinado proveniente da cana-de-açúcar cultivada em regiões tropicais do estado.Forte consumo europeu para indústrias alimentícias e energéticas (bioenergia).
CearáCastanha de cajuCastanhas selecionadas e processadas, atendendo padrões orgânicos e de sustentabilidade.Mercado europeu busca produtos saudáveis e sustentáveis, com alto valor agregado.
Rio Grande do NorteMelãoMelões amarelos e outros tipos exportados com altos padrões de controle de qualidade.Crescente consumo de frutas exóticas na UE; interesse por produtos tropicais frescos.
MaranhãoSojaGrão de soja cultivado no Cerrado maranhense com alta produtividade.Demanda por soja para rações animais e indústria alimentícia na UE.
AlagoasÁlcool e etanolEtanol derivado da cana-de-açúcar, utilizado como combustível renovável.Interesse europeu por energias limpas e renováveis, alinhado às metas climáticas da UE.
ParaíbaTêxteis e algodãoProdução de algodão e derivados para indústrias de confecção e têxteis sustentáveis.Mercado da UE valoriza produtos orgânicos e de menor impacto ambiental.
SergipeÓleos essenciaisÓleos essenciais de laranja e limão, utilizados em cosméticos e alimentos.Crescente demanda europeia por produtos naturais e sustentáveis na indústria cosmética.
PiauíMelMel orgânico e de alta pureza produzido por apicultores locais.Forte interesse da UE por mel de origem rastreada e certificada como orgânico.
Desafios ambientais

Contudo, especialistas apontam desafios, como a necessidade de adaptação às exigências ambientais e padrões europeus. Além disso, possíveis pressões sobre setores industriais que enfrentam concorrência externa podem ocorrer.

Em resumo, os governos estaduais e empresariado nordestino destacam a importância de políticas de apoio para maximizar os benefícios locais e proteger setores vulneráveis.


Fonte: Portal fo NE9

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