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PF investiga esquema de exploração econômica de indígenas no Maranhão

17/12/2024 14:08 - Atualizado 13/01/2025 23:44
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PF recupera cartões de indígenas retidos por dívidas; empréstimos foram feitos nos nomes das vítimas. Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de armas durante a operação.

A Polícia Federal apreendeu cartões de benefícios sociais e previdenciários que deveriam estar sendo utilizados por indígenas da terra Lagoa Comprida, no município de Jenipapo dos Vieiras, porém haviam sido retidos. Além disso, suspeitos de exploração econômica teriam feito empréstimos em instituições financeiras no nome dos indígenas.

Segundo a PF, investigações sobre supostos abusos e exploração de indígenas levaram agentes a cumprir 10 mandados de busca e apreensão domiciliares nesta terça-feira (17). Duas pessoas foram presas em flagrante por posse ilegal de armas durante a operação. 

Segundo informação anônima, colhida pela PF, comerciantes locais estariam retendo indevidamente cartões de benefícios sociais e previdenciários como garantia de pagamento de dívidas. Esses débitos seriam oriundos de mercadorias vendidas a preços abusivos e de empréstimos realizados a juros elevados. Além disso, os suspeitos teriam feito empréstimos em instituições financeiras em nome dos indígenas. 

Durante as diligências da operação denominada Cativeiro Invisível, um dos alvos foi flagrado com cartões de indígenas. A PF efetuou a apreensão e devolverá os cartões aos legítimos titulares com o apoio da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai). 

No decorrer das buscas, também foram encontrados outros cartões de benefícios, documentos de identidade, armas de fogo e munição. 

Os mandados de busca e apreensão foram expedidos pela 2ª Vara Federal Criminal da Seção Judiciária do Maranhão.

Os objetos apreendidos serão analisados para determinar se as condutas configuram crimes como apropriação indébita, extorsão, ou retenção de cartões magnéticos de contas bancárias vinculadas a benefícios sociais crime previsto no Estatuto do Idoso caso a vítima seja indígena idosa.



Fonte: imirante 

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