Investimento do Governo Lula impulsionou o PIB, em 2024, não o agro, diz ministro
Ministro Rui Costa destaca papel do investimento público no crescimento do PIB em 2024, percebido, segundo o IBGE, pelos setores de serviços (4,1%) e indústria (3,6%)
O ministro da Casa Civil, Rui Costa, atribuiu o crescimento do PIB brasileiro em 2024 aos investimentos do governo federal e às políticas públicas lideradas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em evento promovido pelo PT nesta quinta-feira (5), em Brasília, Costa rebateu a narrativa de que o desempenho econômico nacional seria novamente impulsionado pelo agronegócio, como em 2023.
Para quem dizia que o Brasil ia crescer 1% no ano que vem, no ano passado cresceu 3,3%, puxado pelo agronegócio. Agora, em 2024, as agências de mercado foram forçadas a publicar que o Brasil pode crescer 3,5%, não mais puxado pelo agronegócio, que recuou devido às condições climáticas, mas pelo investimento. No 3º trimestre, os investimentos atingiram 17% do PIB, afirmou Costa durante o seminário A Realidade Brasileira e Desafios do PT, realizado no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB).
Indústria e serviços como motores do crescimento
Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) confirmam a avaliação do ministro. No terceiro trimestre de 2024, o PIB cresceu 0,9% em relação ao trimestre anterior e 4% na comparação anual. A expansão foi sustentada pelos setores de serviços (4,1%) e indústria (3,6%). Destaque para o segmento de informação e comunicação, com alta de 2,1%, e para os pequenos negócios, que tiveram papel relevante no desempenho econômico.
Por outro lado, a construção civil registrou retração de 1,7%, evidenciando desafios setoriais ainda presentes.
A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador de investimentos na economia, avançou 2,1% no período, reforçando o peso do investimento público e privado no crescimento. Segundo Costa, esses investimentos são estruturantes e têm potencial de gerar impactos positivos no longo prazo.
Críticas ao mercado financeiro
O ministro criticou o comportamento do mercado financeiro, que, segundo ele, estaria promovendo um ataque especulativo contra o governo, apesar dos resultados positivos da economia. Todos os parâmetros são positivos. Então, por que tamanho ataque especulativo? Existe uma economia real, uma vida real acontecendo que não guarda qualquer relação com o que os agentes financeiros dizem, declarou.
Costa também apontou que o mercado teria sido conivente com o torramento de mais de R$ 200 bilhões em 2022 pela gestão Jair Bolsonaro para tentar a reeleição. Nós não vimos o mercado questionar essa irresponsabilidade fiscal. Pelo contrário, apoiaram o discurso vazio do então ministro Paulo Guedes, disparou.
Perspectivas para 2025 e 2026
O ministro defendeu que os resultados colhidos em 2025 consolidarão o legado do governo Lula, preparando terreno para a reeleição em 2026. No entanto, Rui Costa enfatizou a necessidade de ampliar a base de apoio no Congresso Nacional. Não basta reelegê-lo. Precisamos de uma base consistente na Câmara e no Senado para avançarmos no projeto de país, disse.
Costa reconheceu que a disputa de narrativas será fundamental nos próximos anos, diante das tentativas de desestabilização política e econômica. Precisamos ocupar todos os espaços de comunicação para levar a verdade ao povo e combater as antecipações eleitorais que visam prejudicar o governo, concluiu.
Cenário internacional e desafios
O chefe da Casa Civil destacou ainda que a tensão nos mercados também é reflexo da incerteza no cenário internacional, especialmente com a transição presidencial nos Estados Unidos. O presidente eleito, Donald Trump, tem sinalizado políticas protecionistas, o que pode impactar a economia global e, consequentemente, o Brasil.
Apesar dos desafios, Costa demonstrou otimismo com os avanços econômicos e sociais do governo. Além do crescimento do PIB, ele destacou a redução da pobreza e o aumento na geração de empregos como conquistas importantes.
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