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Fake news da Folha alimenta as redes da família Bolsonaro e da extrema-direita

28/12/2024 22:16 - Atualizado 09/01/2025 14:12
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Nomes como Flávio Bolsonaro e Carla Zambelli aproveitam reportagem que ataca estatais brasileiras para aumentar sabotagem contra o governo Lula nas redes

Flávio Bolsonaro (Foto: Jefferson Rudy/Agência Senado)

A fake news da Folha de S. Paulo sobre supostos déficits recordes das estatais federais se tornou munição para o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e outros representantes da extrema-direita. A matéria, intitulada Sob Lula 3, déficit de estatais atinge recorde em 15 anos, utiliza critérios controversos que excluem do cálculo empresas lucrativas como a Petrobras e os bancos públicos.

Flávio, filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), utilizou o Twitter para propagar a narrativa sugerida pela reportagem. "Rombo das estatais bateu recorde. E infelizmente a fatura dessa farra só vai chegar para o contribuinte. Agora você entende o desespero do Taxad para arrochar o trabalhador com mais impostos?", escreveu, em tom ofensivo ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT).

Além do senador, a deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) também foi às redes para repercutir o texto da Folha. "Sob o presidente Bolsonaro, as estatais bateram recordes positivos, mesmo em meio ao caos gerado pela pandemia. Em menos de 2 anos, Lula conseguiu desordenar as contas públicas, resultando em cenários desastrosos como esse - criado pelo uso político indiscriminado de empresas que serviriam mais ao país privatizadas", escreveu a parlamentar bolsonarista.

A reportagem da Folha foi criticada por parlamentares e autoridades do campo progressista. Segundo a ministra da Gestão e Inovação, Esther Dweck, os dados apresentados ignoram o desempenho global das estatais federais, que em 2023 geraram um lucro líquido de R$ 197,9 bilhões. A matéria excluiu empresas como Petrobras e Eletrobras, além de bancos públicos, sob o argumento de que essas companhias distorcem os números devido à sua dimensão ou natureza financeira.

A exclusão, no entanto, subverte o próprio conceito de avaliação das estatais como um todo. Como ressaltou a ministra Dweck, é essencial analisar o balanço das empresas considerando tanto seus déficits quanto superávits. Além disso, boa parte dos déficits mencionados está relacionada a investimentos estratégicos que impulsionam setores como infraestrutura, energia e agricultura.


Fonte: Brasil 247

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