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Juliana Marins: Governo Lula manda fazer nova autópsia e põe em xeque versão da Indonésia

Governo atendeu a pedido da família de Juliana, que aponta omissão de socorro por parte do governo indonésio e questiona laudo oficial
- Fonte: Revista Forum 01/07/2025 12:05 - Atualizado 03/07/2025 11:13
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O governo Lula decidiu atender, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), ao pedido da família de Juliana Marins para uma nova autópsia no Brasil. A brasileira morreu em circunstâncias ainda nebulosas durante uma escalada ao vulcão Rinjani, na Indonésia, no último dia 21 de junho. A confirmação da medida foi comunicada nesta segunda-feira (30) à 7ª Vara Federal de Niterói, após solicitação feita pela Defensoria Pública da União (DPU).

Dúvidas sobre versão oficial

O corpo de Juliana deve chegar ao Brasil nesta terça-feira (1º) e, conforme a DPU, o novo exame deve ocorrer em até seis horas após a aterrissagem para garantir a preservação de possíveis evidências. A Polícia Federal (PF) já sinalizou apoio logístico para o traslado até o Instituto Médico Legal que será designado.

A decisão do governo brasileiro se baseia em dúvidas levantadas pela própria família sobre a certidão de óbito emitida pela Embaixada do Brasil em Jacarta. A primeira autópsia, feita na Indonésia, indicou que Juliana teria morrido logo após a queda, vítima de forte traumatismo e hemorragia. No entanto, imagens de drones de turistas que passaram pela região levantaram suspeitas de que a jovem poderia ter sobrevivido por dias, à espera de resgate.

“O governo federal tem acompanhado com atenção e solidariedade o caso desde o início, prestando apoio à família dentro dos limites institucionais”, afirmou o procurador-regional da União da 2ª Região, Glaucio de Lima e Castro.

Ele explicou ainda que a AGU decidiu colaborar de forma imediata: “Devido à natureza humanitária e ao conteúdo da demanda, compreendeu-se que a postura mais adequada seria a de colaborar para que as providências solicitadas pudessem ser operacionalizadas com celeridade e efetividade”.

Expectativa por respostas

A morte de Juliana mobilizou grande repercussão internacional. Ela caiu durante uma trilha no Monte Rinjani no sábado (21), mas seu corpo só foi retirado do local quatro dias depois. A principal controvérsia é a suposta omissão de socorro por parte das autoridades indonésias, o que pode gerar responsabilização civil e criminal.

O voo que trará o corpo de Juliana sai da Indonésia nesta terça-feira (1º), faz conexão em Dubai e deve chegar ao Rio de Janeiro na quarta-feira (2), às 15h50. Os detalhes da nova autópsia e da logística envolvida ainda serão definidos em reunião entre AGU, DPU e o governo do Estado do Rio de Janeiro.

A expectativa é de que o novo exame ajude a esclarecer, de forma definitiva, o que de fato ocorreu com Juliana Marins e se houve falhas no resgate que poderiam ter mudado o desfecho da tragédia.

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