PT não consegue urnas eletrônicas e terá voto impresso em eleições internas

A executiva nacional do PT decidiu na última quarta-feira (21) que as eleições internas da sigla, marcadas para o dia 6 de julho, serão realizadas em cédula de papel.

A decisão foi tomada após a legenda não conseguir que a Justiça Eleitoral emprestasse urnas eletrônicas para o processo.

O PT havia consultado o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sobre a possibilidade, mas foi informado pelo órgão de que a decisão sobre o empréstimo cabia aos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

O partido defendia o uso das urnas no processo interno por avaliar que os equipamentos são mais seguros e confiáveis, além de agilizar a divulgação de resultados.

Segundo informações de dirigentes do partido, apenas parte dos 27 TREs concordou em emprestar os equipamentos.

Sem uma decisão unificada da Justiça Eleitoral, e para evitar que estados tivessem processos eleitorais diferentes, a sigla optou por definir que o pleito será inteiramente feito em cédulas.

"Como o TSE não consegue fornecer urnas eletrônicas em todos estados e cidades onde haverá votação, chegamos à conclusão de que é melhor fazer com cédulas para ficar igual no Brasil inteiro. Faremos como no último PED [Processo de Eleição Direta]", afirmou ao g1 o secretário-geral do partido, Henrique Fontana.

 O PT se prepara para renovar as direções da sigla em todo o país. As eleições serão diretas — isto é, os filiados poderão votar diretamente para escolher os novos comandantes.

As cédulas de votação serão produzidas pelo próprio partido, e a contagem dos votos será manual.

No cenário nacional, o ex-prefeito de Araraquara Edinho Silva é o favorito para conquistar a presidência do partido.

Edinho conseguiu reunir apoio unificado da maior corrente interna da sigla e do presidente Lula. Aliados estimam que ele terá votos suficientes para se eleger em primeiro turno.

Além dele, outros quatro nomes se candidataram para disputar o comando nacional do partido:

• Rui Falcão;
• ?Romênio Pereira;
• ?Valter Pomar;
• ?Dani Nunes.

O presidente eleito tomará posse no encontro nacional do PT, que ocorrerá nos primeiros dias de agosto. O mandato será de quatro anos.