Papa melhora e respira sem ajuda de aparelhos, mas não há previsão de alta, diz Vaticano
Preocupação aumentou desde que o Vaticano comunicou que a situação de saúde dele é complexa
O Papa Francisco continua internado depois de descobrir uma pneumonia bilateral. Segundo o Vaticano, Francisco teve uma leve melhora, respira sem ajuda de aparelhos e o coração resiste bem ao tratamento. Ainda não há previsão de alta.
Velas, orações e cânticos. A vigília dos fiéis continua em frente ao hospital onde o Papa Francisco está internado, em Roma, há seis dias.
A preocupação aumentou desde que o Vaticano comunicou que a situação de saúde dele é complexa. Francisco deu entrada para tratar uma bronquite persistente, mas os exames revelaram uma infecção polimicrobiana nos pulmões junto de uma pneumonia bilateral.
As boas notícias vieram nesta quarta-feira. O Vaticano informou que o papa, de 88 anos, respira sem a ajuda de aparelhos, se alimenta corretamente e tem um coração que está resistindo bem ao tratamento. No fim do dia, um segundo boletim da Santa Sé disse que o papa apresentou uma leve melhora.
Francisco está internado em um quarto no 10° andar do hospital, com as janelas fechadas o tempo todo. Hoje, ele recebeu a primeira visita fora do círculo do Vaticano. Foi da primeira-ministra italiana Georgia Meloni, que disse que o papa estava alerta e bem-humorado.
Antes da internação, o papa estava visivelmente pálido e tinha dificuldades para respirar e ler discursos e homilias. A última aparição pública foi numa uma audiência no Vaticano com o primeiro ministro da Eslováquia, Robert Fítzo, que sobreviveu a uma tentativa de assassinato, há quase um ano.
O que aconteceu?
Recentemente, o porta-voz do Vaticano, Matteo Bruni, divulgou que os resultados dos exames realizados nos últimos dias indicam que o pontífice está sofrendo de uma "infecção respiratória polimicrobiana".
Infecções polimicrobianas são aquelas causadas por diversos microrganismos são aquelas causadas por diversos microrganismos, como fungos, bactérias ou parasitas, ao mesmo tempo.
“No caso do Papa Francisco, tão importante quanto a infecção polimicrobiana, é o ambiente onde ela foi adquirida, que é o ambiente hospitalar. O que significa dizer que são bactérias mais resistentes, bactérias mais agressivas e que, portanto, dá uma conotação ainda maior de gravidade para esse quadro clínico”, disse o infectologista Evaldo de Araújo ao Jornal da Band.
Além disso, as comorbidades do Papa elevam a preocupação dos médicos. A principal delas é a ausência da parte superior do pulmão direito, que foi retirada durante uma cirurgia, quando Francisco sofreu uma grave infecção, aos 21 anos.
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