Preso suspeito do primeiro feminicídio registrado no MA em 2025
Suspeito de feminicídio em São José de Ribamar é preso em Paulino Neves
Albertine Santos Galvão, suspeito de assassinar sua companheira Francinete de Sousa da Silva, de 31 anos, foi preso na última quinta-feira (9) em Paulino Neves. A prisão, efetuada pelo Batalhão de Turismo da cidade, cumpriu um mandado de prisão temporária expedido contra o suspeito.
O crime, o primeiro feminicídio registrado no Maranhão em 2024, ocorreu no dia 4 de janeiro, por volta das 20h, na residência da vítima, localizada no bairro São Raimundo, em São José de Ribamar, na Região Metropolitana de São Luís. O corpo de Francinete foi encontrado pela família somente no dia 6, dando início às investigações conduzidas pelo Departamento de Feminicídio do Maranhão.
Após a prisão, Albertine foi levado à Delegacia de Barreirinhas, onde foi interrogado.
Relacionamento Abusivo e Isolamento:
Em entrevista à TV Mirante, a delegada Wanda Moura, chefe do Departamento de Feminicídio, revelou que Francinete vivia um relacionamento abusivo. "Segundo a família, era um relacionamento abusivo. Ele inclusive tinha bloqueado toda a família dela nas redes sociais, como WhatsApp e Facebook. Isso é muito típico em relacionamentos abusivos: o homem agressor tenta isolar a vítima de seus contatos familiares e amigos para que ela não tenha uma rede de apoio nos casos de violência sofrida e não consiga denunciar. Quanto mais isolada a mulher, mais vulnerável ela se torna e mais fácil fica para o agressor", explicou a delegada.
Após o crime, o suspeito fugiu levando o dinheiro do seguro-desemprego da vítima e seu celular. A polícia informou que Francinete não havia registrado nenhuma queixa contra o agressor e não havia solicitado medida protetiva.
Alerta e Prevenção:
A delegada Wanda Moura reforçou a importância de cuidados e orientações sobre violência contra a mulher. “Não há segurança para a mulher que vive em um relacionamento abusivo. Ela deve procurar o quanto antes a delegacia mais próxima para denunciar as violências sofridas e solicitar medida protetiva de urgência. A partir da intervenção estatal, essa violência pode ser interrompida e conseguimos evitar novos feminicídios”, concluiu.
Outro Caso de Feminicídio no Maranhão:
Além deste caso, o Maranhão registrou outro feminicídio recente. Uma mulher indígena, identificada como Deusiana Ventura Guajajara, de 28 anos, foi morta a golpes de faca na terça-feira (7), na aldeia Castanhal, em Jenipapo dos Vieiras. O principal suspeito é Evaldo Bezerra da Cunha Silva, de 39 anos, companheiro da vítima, que fugiu após o crime. A delegada Wanda Moura informou que o casal mantinha um relacionamento marcado por agressões físicas e ameaças de morte.
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