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Bolsa Atleta comemora 20 anos com recordes e vira motor de vitórias brasileiras

18/12/2024 22:48 - Atualizado 10/01/2025 09:24
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Da esquerda para direita: Marcus D'Almeida (tiro com arco); Ana Marcela Cunha (maratona aquática); Gabriel Medina (surf); Rebeca Andrade (ginástica artística); Rayssa Leal (skate street) e Mayra Aguiar (Judô) | Fotos: COB/reprodução

O ano de 2024 foi marcante para o Bolsa Atleta, o maior programa de patrocínio individual do mundo, gerenciado pelo Ministério do Esporte. Comemorando duas décadas de existência, o programa recebeu um reajuste de valores pela primeira vez em 14 anos e se tornou peça-chave nas conquistas dos atletas brasileiros nos Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris.

Com um investimento total de R$ 155,3 milhões, 9.075 atletas foram beneficiados pelo programa neste ano. O reajuste de 10,86% contempla todas as categorias: Base e Estudantil, Nacional, Internacional, Olímpica/Paralímpica e Pódio. Com isso, a bolsa da categoria Base/Estudante subiu de R$ 370 para R$ 410,28, enquanto a Bolsa Pódio passou de R$ 15 mil para R$ 16.629.

O Bolsa Atleta é um orgulho para o Brasil. É um exemplo de política pública que transforma vidas e fortalece o esporte nacional, afirmou o ministro do Esporte, André Fufuca. Ele também destacou a inclusão de novos grupos, como atletas surdos, gestantes, puérperas e auxiliares do esporte paralímpico. Tenho certeza de que estamos no caminho certo para fazer do Brasil uma potência esportiva, disse o ministro.

Impacto direto nas conquistas dos atletas

O programa não só garantiu recursos, mas também ofereceu tranquilidade para os atletas com foco em seu desempenho. Prova disso foram os resultados dos Jogos de Paris, onde 100% dos medalhistas brasileiros foram beneficiários do Bolsa Atleta em algum momento de suas carreiras.

Caio Bonfim, medalhista de prata na marcha atlética, destacou a importância do programa em sua trajetória. Eu comecei a marchar em 2007, e desde então sou bolsista do Bolsa Atleta. Não tem como falar da minha história sem falar do Bolsa Atleta. Ele me dava essa segurança e tranquilidade para poder evoluir, afirmou.

A ginasta Rebeca Andrade, maior medalhista da história olímpica brasileira, destacou como o programa proporciona estabilidade financeira. O Bolsa Atleta com certeza é importante para a gente, porque ajuda a comprar nossos materiais de treinamento, a apoiar nossas famílias e a trazer segurança, que muitas vezes é o que falta. Isso nos permite focar no nosso trabalho, sem nos preocupar com questões externas. Assim, o atleta se sente confortável e confiante para fazer o seu melhor.

Para o tricampeão paralímpico Petrúcio Ferreira, o apoio federal é essencial. O Bolsa Atleta faz todo sentido para nós. É fundamental saber que existe um programa como esse, que sempre ajuda os atletas a acreditarem no seu potencial e no seu trabalho. Vivemos disso, vivemos para isso, é o nosso maior sonho, destacou.

Já Rayssa Leal, a Fadinha do Skate, conquistou a medalha de bronze do skate street, a segunda em Jogos Olímpicos ela foi prata em Tóquio, quando tinha apenas 13 anos. Ela recebe o Bolsa Atleta desde 2022. Hoje, Rayssa faz parte da categoria Atleta Pódio, a que oferece mais aporte de recursos dentro do programa. O Bolsa Atleta ajuda bastante, principalmente a quem não tem patrocínio, a comprar um skate, e também ajuda no bom desempenho nos campeonatos. No início, me ajudou bastante, mesmo, e ajudou muito minha família, a melhorar tudo isso, lembra.

Expansão e novos beneficiários

Desde sua criação em 2004, no governo do presidente Lula, o Bolsa Atleta já investiu mais de R$ 1,5 bilhão em mais de 105 mil bolsas para cerca de 37 mil atletas. O objetivo é oferecer condições para que os atletas possam se dedicar integralmente aos treinamentos e competições, desde o nível local até o olímpico e paralímpico.

Para a secretária nacional de Excelência Esportiva, Iziane Marques, o programa reflete a atenção do governo às demandas dos atletas. Tivemos um aumento no número de contemplados, refletindo também a evolução dos atletas no alto rendimento. O programa abraça o atleta, potencializa sua carreira e o ajuda a se tornar um dos maiores nomes do esporte brasileiro, destaca.

Ela também falou sobre o compromisso para os próximos anos. Tenho certeza de que mais atletas serão beneficiados. Com a categoria Pódio, já estamos nos preparando para os Jogos Olímpicos de Los Angeles 2028. Nos próximos três anos e meio, nosso foco será investir ainda mais nos atletas brasileiros, conclui Iziane.

O futuro do bolsa atleta

A Bolsa Atleta se consolida como a espinha dorsal do esporte brasileiro. Hoje, o Bolsa Atleta é o carro-chefe do esporte no que diz respeito ao incentivo, o maior programa de patrocínio individual do mundo. 98% dos atletas que competiram nos Jogos Olímpicos de Paris receberam o Bolsa Atleta em algum momento da carreira. Nos esportes Paralímpicos, dos 280 atletas que integraram a nossa delegação em Paris, 278 são beneficiários do programa, destacou o ministro André Fufuca.

Com um compromisso contínuo com os atletas e políticas de inclusão, o Bolsa Atleta fortalece o caminho do Brasil rumo a se tornar uma potência esportiva global.


com informações do Governo Federal

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